terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cliente ganha 120 milhões de reais no banco do Sílvio

CDB com juros de mais de 30% ao ano é o primeiro indício concreto de desvio de dinheiro no PanAmericano

Suspeita de técnicos do BC é que taxas eram infladas artificialmente como forma de justificar saída de recursos

O Banco Central encontrou o primeiro indício concreto de desvio de dinheiro no PanAmericano.


Um único cliente pessoa física recebia mais de R$ 120 milhões de rendimento por ano numa aplicação na instituição, a taxas muito superiores às de mercado.


Técnicos do BC suspeitam que os juros do investimento eram inflados artificialmente para camuflar a saída dos recursos. Não se sabe ainda se o cliente está envolvido no suposto esquema.


O titular da aplicação é o empresário Adalberto Salgado, de Juiz de Fora (MG). Ele mantinha R$ 400 milhões num CDB (Certificado de Depósito Bancário) do PanAmericano, que o remunerava a mais de 30% ao ano.

Bancos menores e de médio porte, como o PanAmericano, costumam pagar taxas superiores ao CDI dependendo do valor investido e do prazo. Ainda assim, segundo executivos do mercado, uma taxa polpuda chegaria a, no máximo, em torno de 105% do CDI (cerca 11,3% ao ano).

A descoberta de uma aplicação tão extravagante só após a intervenção é um indício de que a fiscalização do BC cometeu falhas graves no caso do PanAmericano.


Segundo dois especialistas ouvidos pela Folha, sob a condição de que seus nomes não fossem citados, a fiscalização deveria ter notado o CDB, no mínimo, pelo risco que o pagamento de juros tão altos significaria ao banco.


LEONARDO SOUZA e MARIO CÉSAR CARVALHO - Folha - editado por GD

O banco do Bilhão pagou 3 vezes mais de juros do que seria comum. Não informou à fiscalização (por que será?). O Banco Central falhou gravemente ao não fiscalizar direito o banco do Bilhão. A Caixa comprou um pedaço do banco, fazendo todos os brasileiros, os otários contribuintes de sócios de uma fraude.

Agora, se o banco quebrar, adivinhem quem vai pagar a conta? Ajuda: não é o Banco Central, nem a Caixa, nem a Dilma.
Deve ser por isso que querem recriar a CPMF: Contribuição Para Malandro Falido.

Precisamos descobrir as ligações deste tão sortudo cliente Adalberto Salgado.
As poucas informações disponíveis são de que ele é morador de Juiz de Fora (MG), onde seria proprietário de um posto de combustíveis. Ao que consta, no passado fora dono de 30 postos. Deve ser mais fácil aplicar no banco do Sílvio do que gerenciar 30 postos.

 

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