terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mais uma herança maldita de Lula

Governo cria hidrelétrica sem eclusa

O presidente Lula inaugura hoje, no Pará, a eclusa de Tucuruí, projeto que custou R$ 1,6 bilhão, o dobro do valor original. A obra viabiliza a navegação entre o norte do Tocantins e o porto de Vila do Conde, em Belém, num trajeto de 700 quilômetros, após 29 anos.

A cerca de mil quilômetros dali, o governo inicia um grande projeto hidrelétrico sem considerar a construção conjunta de uma eclusa que permitiria um novo corredor para exportação de grãos de Mato Grosso, transportando até 18 mil toneladas por comboio, o mesmo que 600 carretas.

As 11 usinas hidrelétricas do Complexo Teles Pires/Tapajós podem condenar ao isolamento a maior região produtora de grãos do país, de onde saem 18 milhões de toneladas de soja por safra.

A concessão das primeiras hidrelétricas está marcada para o dia 17 de dezembro, quando os projetos Teles Pires e Sinop devem ir a leilão.

Segundo a Antaq (Agência Nacional de Transportes Terrestres), uma eclusa construída ao mesmo tempo em que uma hidrelétrica tem custo estimado de 6% a 7% da obra total. Feita de forma isolada, o país terá de gastar 30% do valor original da barragem, só para a eclusa.
A concessão das usinas revela a falta de acordo que ainda persiste entre o ministérios dos Transportes e de Minas e Energia no planejar conjunto dos rios. O Ministério dos Transportes não quis falar sobre o assunto.

Agnaldo Brito - Folha de São Paulo - 30/11/2010 - editado por GD

Mais uma vez a falta de planejamento do governo Lula fica evidente. Nos Estados Unidos o transporte hidroviário responde por 25% de toda a produção. No Brasil, é metade disso.

O governo, ao invés de planejar, "esquece" por preguiça ou safadeza das eclusas. Daí, quando as hidrlétricas ficam prontas, o povo paga 3 vezes mais para as eclusas serem feitas.

PAC - Programa de Auxílio aos Criminosos

 
Mas vejam a maravilha desta reportagem do Jornal Nacional. É ou não é de estarrecer?
Segundo o comandante do Bope, Coronel Paulo Henrique Moraes, trabalhadores do PAC foram "obrigados" a fazer túneis que facilitaram a fuga dos traficantes do Complexo do Alemão. 

Não são os trabalhadores que fazem túneis. São as empreiteiras licitadas. No caso do Rio, construtoras que fazem obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC, ou Programa de Auxílio aos Criminosos) foram as maiores doadoras da campanha do governador Sérgio Cabral (PMDB). 

Cinco empresas doaram juntas R$ 3,8 milhões, ou 18,4% dos R$ 20,6 milhões recebidos pelo peemedebista. A Odebrecht, líder do Consórcio Rio Melhor, é quem comanda as obras no Complexo do Alemão, avaliadas em R$ 493 milhões. 

Em última análise, os "túneis" foram construídos por ela. Só falta, agora, descobrirem que as "mansões" dos traficantes também fizeram parte do PAC do Crack.Só falta, agora, não aparecer ninguém do Ministério Público para investigar os  verdadeiros responsáveis pela  fuga fácil de um bando de traficantes, enquanto o país inteiro esperava pela prisão de centenas deles. Agora fica claro porque não houve reação às obras do PAC dentro de uma favela dominada pelo tráfico de drogas.

Coturno Noturno - 30/11/2010 - editado por GD

Chico Buarque

O camareiro filipino que falava malaio

Se lhes pedirem para definir em quatro vocábulos o que é literatura, respondam: “Literatura é escolher palavras”. 

Leiam mais um trecho de Budapeste, de Chico Buarque, que levou o Jabuti de “Livro de Ficção do Ano” em 2004, embora tenha ficado em terceiro na categoria “Romance”.  estaco algumas palavras em negrito. 

Meu quarto era abafado, a janela era um vidro fixo, a paisagem eram duas fileiras de postes de luz numa avenida reta e sem fim. Senti vontade de ligar para alguém no Brasil, mas o telefone estava bloqueado. Passei a noite olhando para o teto, e quando bateram aporta com o café-da-manhã, senti imensa gratidão, fiz questão de que o camareiro se sentasse comigo; era filipino, mal falava inglês, me ensinou umas palavras de malaio e tinha mãos muito pequenas, que enchi de moedas. Eu estava emotivo, desci à sala ansioso para rever os colegas, e a partir daquela manhã as reuniões decorriam quase em silêncio, as pessoas prostradas nos assentos. Os poucos que se dispunham a tomar a palavra falavam baixo, longe do microfone, lembrando as agruras de um ofício de que tantos desertam, em busca de fortuna e popularidade.

Comento
Qualquer um, Chico ou não, que empregue aquela seqüência de “eras”  é um analfabeto em prosa. Literatura é como pintura: as pinceladas têm de ter um propósito. Existe composição. É como música: as palavras são notas. É como escultura: as palavras são volumes e brincam com o equilíbrio. Numa seqüência que se pretende paralelística, se o “quarto” (substantivo) era “abafado” (adjetivo), a janela (substantivo) jamais poderia ser “um vidro” (outro substantivo). Muito bem! Ainda que ignorasse o rigor necessário do paralelismo, cumpriria ao menos recorrer à elipse: “Pra que tanto ‘era’?”, pergunta o meu coração.

Mas o divertido mesmo foi apontado pelo leitor João Goulart. Antes, uma historinha. Aos 49 anjos, há duas coisas em mim que seguem tão pujantes como quando tinha 18: uma delas é a memória. Vi uma entrevista de Chico, há muitos anos, em que a repórter — embevecida, claro! — lhe perguntava como compôs a música Passaredo. É uma em que ele vai citando um monte de passarinhos. Feito Machado de Assis explicando a psicologia da composição no conto “O Cônego ou Metafísica do Estilo”, o sambista explicou: Francis Hime havia lhe passado a melodia, e ele pegou um dicionário e foi caçando nomes de passarinho e rimando e ritmando… A moça fez um ar meio decepcionado.

Voltemos. Chico precisava de um ser meio exótico na sua cena. Deve ser pensado: “Por que não um camareiro filipino de mãos pequenas?”, que o narrador, de modo muito verossímil, convida para bater papo. Certo. Exotismo e verossimilhança podem ser tudo em literatura, não é mesmo? O curioso é que o rapaz não falava nem inglês, uma das línguas oficiais das Filipinas, nem filipino (tagalo), que é a outra. Falava malaio, língua muito falada na… Malásia. Pertencem ao mesmo grupo lingüístico, mas são coisas distintas. Por que malaio? O livro não explica. Deve ter sido o método de composição de Passaredo, só que com pesquisa errada.
Vai um Jabuti ou não vai?

Reinaldo Azevedo - 30/11/2010 - editado por GD

Rio dominada por traficantes e usuários

Consumo anual de drogas no Rio de Janeiro:
90 toneladas de maconha
9 toneladas de cocaína
4 toneladas de crack
 
Faturamento: entre R$ 320 milhões e R$ 600 milhões anuais
Este é o consumo anual de drogas no Rio de Janeiro, segundo o estudo denominado "A Economia do Tráfico na Cidade do Rio de Janeiro: uma tentativa de calcular o valor do negócio", de Sergio Guimarães Ferreira e Luciana Velloso, da Sub-Secretaria de Estudos Econômicos da Secretaria da Fazenda do estado. 
 
Somente na operação do Complexo do Alemão, foram apreendidas 40 toneladas de maconha. Corresponderia a quase 50% do consumo anual do Rio de Janeiro, segundo o estudo. Ao que parece, os números são bem maiores do que os estimados pelos autores.
 
Coturno Noturno - 30/11/2010 - editado por GD

Mal começou

Do ex-Blog do Cesar Maia

Agora, com a ocupação do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, em breve, com a redução da circulação de dinheiro pelo fechamento das bocas de fumo e das maquininhas (muitas ali), o fenômeno voltará a ocorrer. A população totalmente a favor no início, passará a relacionar a ocupação com menos emprego, menos recursos, e o comércio com menos movimento.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um novo país

 

Com Lula e Dilma, o Brasil mudou, já dizia o locutor da belíssima propaganda de João Santana.
É a mais pura verdade.

Salvatore Cacciola será solto da cadeia, após as estripulias que fez com seu Banco Marka.
Sílvio Santos nem preso foi.
E o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, avisou na reportagem do Globo, sem ruborizar, que um país inteiro está pagando juros mais altos porque o Sílvio Santos recebeu do Lula mais de R$ 3,2 bilhões para salvar o seu banco quebrado.

São, realmente, novos tempos.

Extraído do Coturno Noturno – editado por GD

O Exército Fantasma de Lula

Ao longo da campanha eleitoral, Dilma Rousseff recitou a cada comício, debate ou entrevista que faltava pouco para que o sistema de segurança pública, a exemplo do que ocorreu na área da saúde, chegasse à perfeição.

No meio da discurseira, aparecia inevitavelmente o exemplo do Rio. Com a disseminação das Unidades de Polícia Pacificadora, as miraculosas UPPs, o companheiro Sérgio Cabral concluíra a façanha histórica iniciada pelo PAC e consolidada pela popularidade de Lula. Nem o mais insensato comandante do narcotráfico ousaria enfrentar os 80% do maior dos governantes desde Tomé de Souza.

Dado o aviso, Dilma sacava do coldre imaginário o trabuco com a bala de prata: se alguma facção do crime organizado tentasse conflagrar os morros cariocas, o Mestre não hesitaria em mobilizar a temível Força Nacional de Segurança Pública.

Por que o exército medonho até hoje não foi visto em ação? “Porque o governo de São Paulo não quis”, repete Lula desde 2006, quando a capital do Estado administrado pelo PSDB foi convulsionada por sangrentos ataques simultâneos do PCC.

Em campanha pela reeleição, Lula e Tarso Genro, ministro da Justiça e marechal da Força Nacional, baixaram em São Paulo para informar que poderiam sufocar a rebelião em quatro ou cinco horas. Bastava uma solicitação formal do governador.

Nesta quinta-feira, dois telefonemas reduziram a farrapos outra fantasia do Brasil do faz-de-conta.

Depois de alguns dias de silêncio, Lula e Dilma ligaram para conversar com Sérgio Cabral sobre o drama que apavora o Rio e assombra o país. Nem o atual nem a futura presidente ofereceram a ajuda da Força Nacional. Ofereceram votos de solidariedade. O país inteiro descobriu que o exército fantasma do Planalto só entra em combate na guerra eleitoral.

Uma última interrogação intriga milhões de habitantes da zona conflagrada. O presidente autopromovido a Pacificador do Universo já se ofereceu para resolver a crise do Oriente Médio e para reaproximar o Irâ atômico do resto do mundo. O que é que há com Lula que não se oferece para acabar com a batalha do Rio?

Augusto Nunes - 26/11/2010 – editado por GD

A Economia do tráfico no Rio

     
Trechos do estudo de Sergio Guimarães Ferreira e Luciana Velloso, da subsecretaria estadual de fazenda - abril de 2009.
  
1. Estimativa de consumo anual.  Maconha 90 toneladas. Cocaína 8,8 toneladas. Crack 4,3 toneladas.
  
2. Faturamento anual do Tráfico (ajustando a subestimativa das pesquisas diretas): Maconha 108,1 milhões de reais \ Cocaína 423,2 milhões de reais. Crack 102,1 milhões de reais. Total: 633,4 milhões de reais.
  
3. Custo Anual Estimado: Pessoal 158,7 milhões de reais. Custo de compra das drogas 193,9 milhões de reais. Armas 24,8 milhões de reais. Perdas por apreensões 19,4 milhões de reais. Total 396,8 milhões de reais. Lucro operacional: 236,6 milhões de reais.
  
4. Quantidade de delinquentes envolvidos no tráfico: 16.387 pessoas (estimativa da Polícia Civil).
  

Obs.: Supondo 1000 bocas de fumo em toda a cidade, o lucro seria de 236 mil por boca de fumo/ano ou quase 20 mil reais por mês. Se uma comunidade tiver várias bocas de fumo e o tráfico ali fosse centralizado, como Alemão, Rocinha, Jacarezinho..., a facção controladora ali teria um lucro de 20 mil reais x Y bocas de fumo por mês, em média.



Extraído do Ex-Blog do Cesar Maia.


Pensamento: são só os traficantes que lucram com a indústria da droga?

Vejam o novo mapa do Rio!

Mapa dos Arrastões no Rio

A violência acabou no Rio!!!



Vejam a fantástica notícia, bem lembrada por Cesar Maia.
O Bope, mais uma vez fez jogo de cena. Invadiu a Vila Cruzeiro, espantou os traficantes (seria um acordo temporário?), tirou fotinho com bandeira e os jornais divulgaram.
Passado um tempo, abandoram novamente o povo à própria sorte.
Agora, dois anos e meio depois, voltam à mesma Vila Cruzeiro e montam o circo para nós, os palhaços, acreditarmos que a polícia tem comando, tem rumo.

Grande detalhe: são 1.040 favelas (ou "comunidades") no Rio. Apenas 13 têm as famosas UPPs da Dilma (Unidades de Palhaçada Petista).
Adotaremos favelas para designar estes locais. Comunidade parece que foi uma formação espontânea da população. Não é verdade. A maior parte das pessoas moram lá por falta de opção.

O trem parou!

Sem consórcio coreano, governo deve adiar leilão do trem-bala

Desistência de chineses, franceses e espanhóis e de empreiteiras brasileiras esvazia disputa



A maravilha criada por Dilma e Lula parou. Começou custando perto de 5 bilhões. Já está em 40 bilhões.
Não sabem de onde virão os passageiros para garantir o lucro do negócio.
Esqueceram de orçar a energia para o trem andar.
Vão colocar o dinheiro dos fundos de pensão em mais uma barca furada. Depois, se der prejuízo, o povo paga.


Mais um excelente exemplo da grande capacidade de Dilma-Pão-e-Circo como administradora.

Chico Buarque não tem intenção de devolver Prêmio Jabuti

O cantor, compositor e escritor Chico Buarque não pretende devolver o Prêmio Jabuti, que ele recebeu no começo do mês.

"Chico está em Paris e obviamente não tem nada a ver com essa polêmica", diz a assessoria de imprensa dele.

Nesta semana, veio à tona que um grupo de manifestantes pede, por meio de um abaixo-assinado na internet, que ele faça isso.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta sexta-feira (25).

Deveria devolver. Afinal, como explicar o ilustre expoente do petismo que seu livro ficou em 2º lugar na categoria romance e em 1º lugar na categoria geral??

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Musas

Em todo governo há personagens que marcam presença não necessariamente por razões políticas ou administrativas, e isso vale para o bem e para o mal.



São pessoas que se destacam por algum traço de personalidade, de comportamento ou mesmo pelo papel que desempenham na vida dos novos donos do poder.

No caso, dona, a presidente Dilma Rousseff.

Pela dinâmica da capital, Dilma Jane, de incrivelmente bem conservados 86 anos de idade, e Arilda, de 87 - mãe e tia da presidente que morarão com ela no Palácio da Alvorada -, são sérias candidatas ao posto de sensação da próxima temporada.

Dora Kramer - 17/11/2010

Uma mãozinha amiga

Já é fato o aumento da publicidade institucional da Caixa Econômica no SBT. Vale lembrar: o banco comprou parte do encrencado Panamericano de Silvio Santos no ano passado.


Aos números, segundo o site Controle da Concorrência: até abril, a média de comerciais da Caixa no SBT foi de 70 anúncios. O número representava apenas 5% das propagandas do banco nas cinco maiores emissoras do país.

A publicidade quadruplicou desde então. De maio a outubro, a média de propagandas no SBT pulou para 242 e agora corresponde a quase 20% dos anúncios da Caixa na TV brasileira.

Por Lauro Jardim

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cliente ganha 120 milhões de reais no banco do Sílvio

CDB com juros de mais de 30% ao ano é o primeiro indício concreto de desvio de dinheiro no PanAmericano

Suspeita de técnicos do BC é que taxas eram infladas artificialmente como forma de justificar saída de recursos

O Banco Central encontrou o primeiro indício concreto de desvio de dinheiro no PanAmericano.


Um único cliente pessoa física recebia mais de R$ 120 milhões de rendimento por ano numa aplicação na instituição, a taxas muito superiores às de mercado.


Técnicos do BC suspeitam que os juros do investimento eram inflados artificialmente para camuflar a saída dos recursos. Não se sabe ainda se o cliente está envolvido no suposto esquema.


O titular da aplicação é o empresário Adalberto Salgado, de Juiz de Fora (MG). Ele mantinha R$ 400 milhões num CDB (Certificado de Depósito Bancário) do PanAmericano, que o remunerava a mais de 30% ao ano.

Bancos menores e de médio porte, como o PanAmericano, costumam pagar taxas superiores ao CDI dependendo do valor investido e do prazo. Ainda assim, segundo executivos do mercado, uma taxa polpuda chegaria a, no máximo, em torno de 105% do CDI (cerca 11,3% ao ano).

A descoberta de uma aplicação tão extravagante só após a intervenção é um indício de que a fiscalização do BC cometeu falhas graves no caso do PanAmericano.


Segundo dois especialistas ouvidos pela Folha, sob a condição de que seus nomes não fossem citados, a fiscalização deveria ter notado o CDB, no mínimo, pelo risco que o pagamento de juros tão altos significaria ao banco.


LEONARDO SOUZA e MARIO CÉSAR CARVALHO - Folha - editado por GD

O banco do Bilhão pagou 3 vezes mais de juros do que seria comum. Não informou à fiscalização (por que será?). O Banco Central falhou gravemente ao não fiscalizar direito o banco do Bilhão. A Caixa comprou um pedaço do banco, fazendo todos os brasileiros, os otários contribuintes de sócios de uma fraude.

Agora, se o banco quebrar, adivinhem quem vai pagar a conta? Ajuda: não é o Banco Central, nem a Caixa, nem a Dilma.
Deve ser por isso que querem recriar a CPMF: Contribuição Para Malandro Falido.

Precisamos descobrir as ligações deste tão sortudo cliente Adalberto Salgado.
As poucas informações disponíveis são de que ele é morador de Juiz de Fora (MG), onde seria proprietário de um posto de combustíveis. Ao que consta, no passado fora dono de 30 postos. Deve ser mais fácil aplicar no banco do Sílvio do que gerenciar 30 postos.

 

Alguém se Candidata a ser Parlamentar na Suécia???

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Show do Bilhão


Vejam a notícia que acaba de sair na Folha:
Caixa Econômica e BC farão intervenção 'branca' no PanAmericano

A Caixa Econômica Federal anuncia amanhã, junto com o Banco Central, uma espécie de intervenção "branca" no PanAmericano, após a constatação de "inconsistências contábeis que não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade".



A Caixa comprou 35,54% do capital social do PanAmericano em novembro de 2009, em uma operação de R$ 739,2 milhões. A negociação foi aprovada pelo Banco Central em julho deste ano, no último passo para a finalização da operação.


Miriam Leitão, em seu blog, resumiu bem a situação:

Banco Panamericano: BC tem explicações a dar



O caso da fraude contábil no Banco Panamericano deixa inúmeras dúvidas no ar. O Banco Central mentiu para todos os que ligaram para lá dizendo que nada seria anunciado. Foi anunciado que o Grupo Silvio Santos fez um aporte de R$ 2,5 bilhões no Banco Panamericano que estaria com "inconsistência contábeis".


Pelo que se sabe até agora essas inconsistências são iguaizinhas às descobertas no Banco Nacional ao fim da hiperinflação; créditos fictícios dando a impressão de equilíbrio num banco quebrado.

Se estava assim com essas fraudes contábeis como foi que a Caixa Econômica não viu quando em julho comprou 49% desse banco? Antes de uma operação assim é feita uma varredura nas contas, e mesmo assim a Caixa nada viu? Por que o BC permite que a Caixa, com toda a sua história centenária e suas responsabilidades, saia comprando participação em banco privado? Para correr risco com dinheiro público? O BC já sabe do problema há semanas, por que segurou a informação?

GD:
Lula e Sílvio Santos se encontraram em Brasília em 22 de setembro deste ano em Brasília (foto abaixo).
O que será que conversaram? Amenidades ou a quebradeira do seu banco?



Vamos agora relembrar o que aconteceu depois deste encontro:

1-) Dilma faltou ao debate no segundo turno, debate que ela havia se comprometido a comparecer. O SBT, ao invés de realizar o debate apenas com Serra, conforme fora combinado, simplesmente cancelou a realização do mesmo.

2-) O SBT apresentou uma cobertura tendenciosa e parcial. No caso da agressão que Serra sofreu no RIo, o jornaleco desta emissora julgou que Serra tinha feito drama com uma simples bolinha de papel e fingido desmaio após receber orientação do marqueteiro. Mentira! Serra foi agredido com dois objetos diferentes: uma bolinha e um rolo pesado. Isto o jornal do Bilhão omitiu. Omitiu também que entre um e outro evento, passaram-se 15 minutos e aí, sim, Serra telefonou de dentro da van onde havia se protegido dos cães petistas. Foi o Jornal Nacional que desmascarou o Sílvio Tudo por Dinheiro Santos.

09/11/2010 - Folha - Leonardo Souza - editado por GD
Blog da Miriam Leitão (http://oglobo.globo.com/economia/miriam/) - editado por GD



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os culpados do fracasso do Enem

Descobertos, com a ajuda do Coturno Noturno e do Reinaldo Azevedo, os culpados pela lambança de sábado no Enem: são os estudantes.

O Ministério da Educassão deveria se desculpar pela vergonha, pela bagunça que foi o Enem.
Desculpar-se com os milhões de estudantes que pagaram a taxa, se prepararam e acreditaram que o exame fosse sério.

Fez o contrário: culpa os alunos e ameaça processá-los por protestarem.
Ameaça processar os jornalistas que divulgarem o ocorrido.

Dilma disse que ama a liberdade de imprensa e que zelaria por ela.
Se fosse verdade, deveria começar demitindo o Ministro da Educassão por ameçar as vítimas da sua péssima gestão.

A Venezuela continua

Vejam como a ditadura do PT já começou a arreganhar os dentes para trasnformar o país numa Venezuela.

A teoria funciona assim:
Passo 1: contratos são feitos sem licitação e sem o mínimo de critérios técnicos objetivos
Passo 2: a coisa desanda, claro
Passo 3: a imprensa denuncia
Passo 4: culpam a imprensa e a oposição pelos erros
Passo 5: tentam calar todo mundo, argumentando que são contra o país

Estudo de caso: Enem
Durante a campanha eleitoral, ou seja: os últimos 8 anos, o Ministro da Educassão conseguiu estragar o Enem sistematicamente.
Ano passado, estudantes foram mandados para locais de prova a 30 quilômetros de sua residência. Outros até para outras cidades.
A prova foi roubada e o conteúdo vazou.
Dados de cadastro deveriam ser sigilosos e vazaram pela Internet.
Desperdiçaram milhões para realizar outra prova, em data que coincidia com outros vestibulares e concursos marcados meses antes.
Milhões de estudantes foram prejudicados. Não há notícia de um singelo pedido de desculpas pelo governo.
Neste ano, Lula, como sempre, acariciou o Ministro-lambão: elogiou sua competência e disse que a Educação se dividiria em antes e depois dele. (Deve ser porque depois dele passaremos a escrever Educassão.).
Serra criticou o vazamento de dados e a falta de planejamento - em suma, falou a verdade.
O Ministro baixou nota mentirosa acusando Serra de querer acabar com o Enem.
O que se viu no sábado mostrou quem está mesmo acabando com o país.


Comentários

Democraticamente andei excluindo comentários de petistas e/ou bucéfalos.
Não sei se sinto pena ou vontade de rir da cretinice dos comentários.
Observação: dei uma arrumada na gramática porque já não chega o que estão fazendo com o pobre Monteiro Lobato.

Um deles disse que “se fosse depender do DEM e PSDB não teria Enem, nem Prouni e nem Bolsas e nada. Mas depender de vocês não aconteceria nada”.
 
Verdade absoluta, eu havia me esquecido que foi Lula, com apoio de Dilma, quem descobriu o Brasil, assinou a Lei Áurea, criou o Plano Real, criou as Bolsas Alimentação, Escola e Gás, privatizou as telecomunicações, a Vale, a Embraer e outras, modernizou a Petrobras, aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Também havia me esquecido que foi a turminha do PT paulista, com Marta, Genoíno, Mercadante, Palocci, Zé Dirceu e João Paulo Cunha, figuras ímpares, que fez dois trechos do Rodoanel, nova pista da Imigrantes, privatização das estradas, novas linhas amarela e lilás do metrô, ampliação das linhas verde e azul, melhoria dos trens da CPTM, Sala São Paulo, Fatecs e Etecs.

Um outro comentário: “A primeira Erenice não foi suficiente para derrubar Dilma. Agora procuram outra. Citou atividades da empresa. E daí? Que falta de conformismo. Tudo isso é despeito”.

Verdade também. Havia me esquecido que Erenice foi parte de um complô da oposição: sendo irmã de Serra, se infiltrou na Casa Civil só para prejudicar Dilma e fez isto empregando meia dúzia de filhos e conhecidos no governo. Dona Graça (excelente alcunha, inclusive, vou adotá-la) é filha do vice Índio da Costa e seu único intuito no governo é mais uma vez tentar prejudicar Dilma Pão e Circo. E daí que a empresa do marido de Dona Graça fez mais de 40 contratos com a Petrobras chefiada por ela? 

Corrupção mudou de nome: chama-se despeito agora.

domingo, 7 de novembro de 2010

O grande circo da Educassão

A reportagem é da Folha de hoje (07/11), mas saiu em todos os jornais.



 Não é estarrecedor o modo como o PT governa? Ou é maracutaia ou é incompetência. Não tem outro jeito.


Desta vez, mais de 3 milhões de alunos que acreditaram na seriedade do governo foram prejudicados:
1-) A ordem das perguntas não coincidia com a folha de respostas
2-) Houve repetição de questões em parte das provas
3-) Houve ausência de questões em outras provas
4-) Mandaram não levar lápis, mas em alguns locais foi permitido o uso
5-) Mandaram não usar relógio, mas em alguns locais foi permitido o uso
6-) Muitos estudantes tiveram de se deslocar mais de 30 quilômetros para realizar a prova (o Ministro da Educação nunca ouvir falar no Google Maps ou similares ou fez os estudantes camelarem por pura maldade)
7-) A prova amarela continha questões da prova branca
8-) Alguns estudantes tiveram que aguardar mais de 2 horas para iniciar a prova por falta de energia elétrica (quem foi mesmo Ministra de Minas e Energia? Ah, Dilma Pão e Circo!)



O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, responsável pela prova, disse que “os problemas não prejudicarão os alunos”, a prova foi um “sucesso” e que “tudo ocorreu de forma tranqüila”.


É ou não é um deboche?


Agora percebam o fato marcante: o Ministro da Educassão, Fernando Haddad, decidiu dispensar a licitação e as empresas foram contratadas por 128 milhões de reais – 30% a mais do que no ano passado. Repito: sem licitação.


Vamos agora a um resumo do circo armado pelo respeitável Ministro para deleite dos estudantes transformados em palhaços:


SET/2009: muitos alunos são convocados para fazer a prova em locais 30 quilômetros distantes de casa (o fato se repetiu em 2010)


OUT/2009: a prova é furtada e o exame adiado. A nova data do exame coincide com vestibulares e concursos marcados há meses. Instituições sérias como USP desistem de usar esta farsa


DEZ/2009: a abstenção é recorde: 40%


JAN/2010: governo divulga gabarito errado; site de seleção das universidades federais fica fora do ar


MAR/2010: a edição do meio do ano é cancelada, o Ministro diz que foi falta de tempo


AGO/2010: dados dos inscritos em 2007, 2008 e 2009 vazam na Internet (novidade...)

Mas que belezinha!

Vejam a matéria de hoje da Folha:







A senhora acima é Graça Foster, “tida como fiel escudeira da presidente eleita”, segundo a própria reportagem da Folha.


Ou seja: é a nova Erenice da Dilma.
Vejam o quadro resumo abaixo e vejam se não é para se preocupar.


Empresa: C Foster Serviços e Equipamentos
Proprietário: Colin Foster (foto)









Ramo: presta serviços na área de petróleo e gás para a Petrobras
Diretora de Gás e Energia da Petrobras: Graça Foster, uma das pessoas mais próximas de Dilma Rousseff e... esposa de Colin Foster
Fato: 43 compras entre 2005 e 2010 foram efetuadas entre a empresa de Colin e a Petrobras de Maria
Valor Total: 614 mil reais


Fonte: Lauro Jardim – Radar Online – 05/11/2010


Marina Silva recebeu R$ 3 milhões de setores poluidores

A campanha da senadora Marina Silva (AC), candidata derrotada do PV à Presidência da República, recebeu R$ 3 milhões em doações de segmentos poluidores, como os de metalurgia, mineração, papel e celulose, fertilizantes e cana-de-açúcar.


Empresas como Cosan (uma das maiores produtoras mundiais de cana-de-açúcar), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Suzano Papel e Celulose, Klabin e Bunge, entre outras relacionadas a atividades poluentes, financiaram 12,5% dos R$ 24,1 milhões arrecadados para a campanha da candidata verde.


Marina teve grande parte de sua agenda política pautada pela causa ambiental. Defendeu a criação de uma agência nacional para prevenção de desastres ambientais e o veto às mudanças no Código Florestal que favoreceriam desmatadores, entre outras propostas.


05 de novembro de 2010
AE - Agência Estado – editado por GD



Plagiando o Coronel, uma coisa é a teoria de semi-santa-da-mata, na prática o que vale é o salve-se quem doar.


José Dirceu está de volta e mentindo como sempre



No Roda Viva desta segunda-feira, convidado a justificar a guerra movida ao presidente Fernando Henrique Cardoso quando foi deputado federal, declamou a resposta espantosa: “Eu não era deputado no governo Fernando Henrique”.


Sem ficar ruborizado, acrescentou que se elegeu em 1978. Mentira! Ele chegou ao Congresso em 1998, informa o próprio blog do entrevistado. Sempre à beira de um ataque de nervos, lideraria a mais raivosa tropa oposicionista da história republicana.

Do blog do Augusto Nunes – editado por GD

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma boa de Minas

Itamar Franco entendeu o recado.

'Oposição precisa ser oposição, sem trégua', diz Itamar

05 de novembro de 2010 | 12h 50
BRUNO SIFFREDI - Agência Estado - editado por GD

O ex-presidente da República e senador eleito por Minas Gerais, Itamar Franco (PPS), convocou a oposição a ter uma postura mais combativa durante o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. 

"Oposição precisa ser oposição, sem trégua", disse ele, em entrevista hoje à Rádio Bandeirantes. Itamar recomendou firmeza à oposição desde o primeiro dia do governo da petista. "Eu tenho a esperança de que a oposição realmente seja oposição", afirmou. "A oposição, por menor que seja, tem que estar presente e tem que exercitar o seu papel."

O senador eleito afirmou ainda ser contrário à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para aumentar investimentos na Saúde. "O governo teve oito anos, por que não reformulou o SUS (Sistema Único de Saúde)?".

Mais uma de Minas

"Exerceremos uma oposição responsável, atenta e vigorosa na fiscalização das ações do Executivo, mas generosa para com o Brasil. O presidente pode ficar tranquilo porque não verá no Brasil uma oposição como a que o PT fez com relação ao presidente Fernando Henrique, propondo "Fora FHC", impeachment, afastamento do presidente, ou votando contra matérias tão relevantes para os brasileiros como a estabilidade da economia, o Plano Real, como a Lei de Responsabilidade Fiscal." - Aécio Neves

Errado, Sr. Aécio. Oposição não pode ser generosa, oposição tem que ser ferrenha. Denunciar sem parar, pedir impeachment em casos de corrupção e desobediência às leis, votar contra a CPMF, investigar, compor, manobrar, dificultar a vida do governo. O presidente tem que estar permanentemente preocupado com a oposição. Do contrário, esta não será legítima e o povo vai continuar sendo iludido pela máquina de mentiras do governo. 4 anos passam rápido.

A propósito, parece-me que teremos 4 anos de frentes frias vindas não do Sul, mas sim de Minas. Cumpre-me informar que os mineiros, como todos os brasileiros, merecem respeito e as críticas são dirigidas aos governantes por eles eleitos, nunca à população do Estado.

Editorial

Taí: o blog tem sido bem acessado – não chega aos milhões, mas passa dos milhares.
Como todo grande veículo de comunicação que se preze (e são raríssimos os verdadeiramente grandes e mais raros ainda os que se prezem), este gigante veículo solitário resolve fazer um editorial.

A estudante racista não está sozinha

Ontem, na Folha, uma notícia dava conta de que uma estudante paulista de direito postou frases racistas na Internet. Segundo os repórteres James Cimino, Anna Virginia Balloussier e Fábio Guibu, frases como "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!" e "Deem direito de voto para nordestinos e afundem o país de quem trabalhava para sustentar os vagabundos que fazem filho para ganhar o Bolsa 171" foram postadas em sites como Twitter e Facebook.

A estudante foi tema de comentários favoráveis e desfavoráveis e está sendo ameaçada de processo pela OAB de Pernambuco por racismo. Alguns a acusaram de ódio.

O presidente Lula, que deveria respeitar o cargo que ocupa, não fez outra coisa a não ser pregar o ódio contra a oposição. Vociferou que a oposição (DEM) deveria ser extirpada, durante comício em Santa Catarina. Em outra ocasião, mais uma vez o presidente travestido de animador de circo chamou um ex-governador de Estado (Geraldo Alckmin) de “sujeito” e mandou não votarem nele. Ridicularizou mais de 3 vezes a agressão sofrida pelo candidato José Serra no Rio de Janeiro e ainda mentiu sobre o que realmente aconteceu. Fez pouco caso da questão ambiental, dizendo que não conseguia “inaugurar um túnel no RS por causa de uma perereca”. Quando o pagodeiro Netinho foi investigado por descumprimento à lei, Lula reclamou da “elite paulistana”, como se querer o cumprimento da lei fosse exclusividade de paulista rico.

A prática é antiga. Lula atribuiu a crise econômica mundial aos “louros de olhos azuis” em março de 2009. Disse que negros e índios não tinham culpa e chamou os brancos de irracionais. Trata-se ou não de uma fala racista? Ou realista? Não consta nenhum negro ocupando cargo de destaque na equipe econômica de Lula.

Mas consta na lista de ex-ministros Matilde Ribeiro, da Integração Racial, que afirmou o seguinte em entrevista à BBC em 27/03/2007: “Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural. Não acho que seja uma coisa boa. Mas é natural que aconteça, porque quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou”.

O “blog da Dilma” pregou que nordestina não seriam bestas como os paulistas.


Este blog existe desde  que Lula deixou claro que ela seria a candidata e tinha até uma janela destinada à arrecadação de recursos.

Ora, obviamente a estudante manifestou algo concreto, porém de forma inadmissível. A verdade é que em estados ditos “mais ricos” ou de maior desenvolvimento, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, Serra foi escolhido. Por outro lado, em estados mais pobres, onde o Bolsa Família foi mais presente, Dilma teve vitórias atordoantes, como Pernambuco, Piauí, Bahia e Maranhão.

O PT pode alegar que nestes estados, Dilma foi mais votada pois “nunca antes na história deste país, a população pobre foi tão beneficiada: conseguiu emprego, comprar carro, casa e eletrodoméstico, ganhou dignidade”.

A oposição, por sua vez, poderia dizer que não foi mera questão de riqueza, mas de instrução: as pessoas com maior grau de instrução compreenderam melhor as propostas de Serra e se indignaram mais com os escândalos de Dilma e sua turma. Em determinadas bairros paulistanos, com grande concentração de eleitorado com nível superior, Serra foi escolhido por margens próximas a 80%. É um argumento válido, tanto quanto o outro.

O cerne da questão é que a estudante parece ter extrapolado um argumento válido com ódio, um tempero de racismo e um toque de separatismo. Deve responder por isto. Mas sua reação não foi em nada diferente da que Lula e seus seguidores pregaram ao longo dos últimos 8 anos: separar o povo em dois – um rico e um pobre, um carente e outro explorador, os gratos e os ingratos, os negros e os olhos-azuis, os amigos e os inimigos – e colocar cada parte contra a outra. Também deveriam responder por isto.

Ôpa! Olha a Turma de Minas aí de novo!

Anastasia, de Minas, é o único governador da oposição que disse “sim” à CPMF até agora

 

O Estadão conseguiu ouvir 25 dos 27 governadores eleitos (ou reeleitos) sobre a volta da CPMF. Disseram-se favoráveis ao imposto 14 deles. O único oposicionista do grupo é Antonio Anastasia, de Minas (PSDB).

Agora a boa notícia: disseram “não” Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Beto Richa (PSDB-PR), Marconi Perillo (PSDB-GO), Simão Jatene (PSDB-PA), Rosalba Ciarlini (DEM-RN) e Raimundo Colombo (DEM-SC). Três outros oposicionistas, embora ouvidos, preferiram não opinar: Teotônio Vilela (PSDB-AL), Anchieta Júnior (PSDB-RR) e Siqueira Campos (PSDB-TO). 

Reinaldo Azevedo - 05/11/2010 - editado por GD

Anastasia é a favor. Não esperava outra atitude.

Turma do bem: Geraldo Alckmin (SP), Beto RIcha (PR), Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Rosalba Ciarlini (RN) e Raimundo Colombo (SC). 

Turma do muro: Teotônio Vilela (AL), Anchieta Jr (RR) e Siqueira Campos (TO).

Aécio Neves em dois momentos

Vejam o que Aécio Neves disse de Geraldo Alckmin há menos de dois anos:

Aécio manifesta a aliados avaliação de que Alckmin "se apequenou" em aceitar secretaria
Em 2009 Alckmin aceitou o convite de Serra para ser Secretário de Desenvolvimento de São Paulo.
Segundo a coluna Painel da Folha de 21/01/2009, o governador mineiro manifestou a aliados a avaliação de que Alckmin "se apequenou" ao aceitar o convite.

Aécio realmente pode fazer tal tipo de julgamento das pessoas. Justo ele que se agigantou ao não exibir e defender arduamente o candidato do seu partido à Presidência. Conseguiu eleger um “poste”, o desconhecido Anastasia, governador de Minas com 6,3 milhões de votos. O candidato de Dilma foi Hélio Costa, que teve 3,4 milhões de votos.

No segundo turno, seria de se esperar que Serra conquistasse, no mínimo, os 6,3 milhões de votos de Anastasia. Não foi o que o empenhado Aécio conseguiu: Dilma teve 6,2 milhões e Serra, 4,2 milhões.

Agora, sabemos que o esforço neste país é sempre recompensado:

Cid Gomes defende nome de Aécio à presidência do Senado
O governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (turma da Dilma), defendeu nesta quinta-feira um pacto entre governo e oposição pela governabilidade do país.

Maria Clara Cabral – Folha – 04/11/2010

Segurança no Rio

Duas notinhas sobre a seguranda (rs) no Rio de Janeiro. Esta é a política de segurança que Dilma-Pão-E-Circo quer implantar em todo o país.

RIO: TRAFICANTES CORTAM CABEÇA DE RIVAL E DESFILAM DE CARRO, ARREMESSANDO A CABEÇA!
              
(O Dia, 04/11) Bandidos que ocupavam um Chevrolet Blazer preto passaram atirando em um dos acessos ao Morro da Serrinha e atiraram a cabeça de Parazão para fora do veículo. 
Parazão era o chefe do comércio de entorpecentes na Serrinha e estava baseado atualmente na Favela do Cajueiro - após a expulsão, ele teria se refugiado no Complexo da Penha, mas teria ficado sem função no tráfico. Há cerca de um mês, bandidos da Penha, da facção criminosa Comando Vermelho (CV) tentam tomar a Serrinha, do Terceiro Comando Puro (TCP), comandada por Jorge Porfírio de Souza, o Dinho.

"ERRO" DA SECRETARIA DE SEGURANÇA-RJ É DE 1.875.901 HABITANTES NO ESTADO!
              
1. O IBGE divulgou a população brasileira com dados de agosto de 2010. O ISP - Instituto de Segurança Pública do Rio - publicou seu último dado de criminalidade exatamente para o mês de agosto.
              
2. O IBGE informou que a população do Estado do Rio alcança 15.180.636. Mas o ISP usa como população do Estado 17.056.537. Ou seja, 1.875.901 pessoas a mais!
              
3. Vejam a malandragem no seu estado mais evoluído: o número de homicídios dolosos em 2009 foi de praticamente 5.800. Com a população do IBGE, foram 38,2 homicídios por 100 mil habitantes. Com a população do ISP-RJ, foram 34 homicídios por 100 mil habitantes. "Eliminaram" 4 homicídios apenas mentindo na conta.

4. Ficamos assim: a política de segurança consiste em implantar UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras que também poderiam se chamar Unidades de Propaganda Petista). O governo avisa antes os traficantes: dão um tempo para eles se mudarem, instalarem seu "comércio" com calma e tranquilidade em outra favela. O Secretário de Segurança admite que o objetivo não é prender ninguém nem apreender drogas. Daí, se o crime aumentar, e ele sempre aumenta quando não é combatido com firmeza, fazem um malabarismo nas estatísticas e voilá: a violência diminui, como mágica.

Notas do ex-blog do Cesar Maia, editadas por GD. 

A invasão dos importados 2

 

O resultado é este: queda na produção industrial no Brasil.

A invasão dos importados 1

 

Estamos importando tudo: macarrão, molho, fraldas, bonecas. Vinho chileno mais barato que o brasileiro.
A indústria sofre. Os empregos vão embora para o Chile, Itália, Estados Unidos e China.
 
O çábio Guido Mantega não consegue mudar esta situação horrenda.
Disse: “não adianta ficar, ãh, jogando... dólar... de helicóptero, né, na economia porque isso não fará brotar o cresimento”. Jura?

Dilma, então, nem se fala: a grande gerente do país conseguiu quebrar sua lojinha de cacarecos importados, sabiamente aberta com o nome de “Pão e Circo” – uma previsão do que se tornaria o país nas mãos desta corja.

Ausência

Desculpem a ausência.
O baque foi muito forte.

Mas voltamos com carga total.
Temos 4 anos para fazer OPOSIÇÃO. Mais quatro anos para denunciar a sem-vergonhice, a falta de decência, escrúpulos e caráter, a farsa montada, a vitória da incompetência.
Agradeço os acessos e os comentários.

Divulguem. Aqui neste blog, assim como em outros como Reinaldo Azevedo e Coturno Noturno, uma certeza: nada de vida mansa para o PT. Foi assim que eles sempre agiram na oposição e também no governo.

sábado, 30 de outubro de 2010

Esperança

Depois de tudo que ouvimos no primeiro turno de que não haveria segundo turno. TODOS os instinsultos foram categóricos nesta afirmação. Não adianta querer salvar ninguém. Ibope mesmo divulgava que não hhhaveria segundo turno às 18:40 da noite, quando as urnas, o povo, nós dizíamos algo diferente.


Não nos resta mais uma vez torcer, orar e batalhar. Votar, convencer aquele próximo indeciso (ainda existem milhões, acreditem), levar o pessoal preguiçoso para votar e esconder os Dilmas por aí.


Está muito empatado. Muito. Agora, é a comparação final.
Quem apoiou o Real? Serra. Quem foi contra o Real? Dilma.
Quem é contra o aborto? Serra. Quem é a favor do aborto? Dilma.
Quem é amigo do Itamar e do Fernando Henrique? Serra. Quem é amiga do Sarney e do Collor? Dilma.
Quem é conhecido, tem experiência? Serra. Quem esconde seu passado nos cofres? Dilma.


Eu acredito. Muito. E nesta crença quero viver e morrer. Por um país melhor.
Bons votos a todos nós, davis, que lutamos contra a Golias.

Ronaldo elogia Serra

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lula chama o Bolsa Escola de Esmola!

A possibilidade de alternância do poder é uma beleza da democracia


Ao final do último debate, o candidato José Serra defendeu a alternância de poder como forma de valorizar a democracia. Para o tucano, a administração do PT à frente do país sofreu desgastes nestes oito anos e precisa ser substituída. “A possibilidade de alternância do poder é uma beleza da democracia”, afirmou. “Temos uma equipe de governo que esteve lá oito anos, já sofreu seus desgastes, desenvolveu vícios e fadiga. Com um time novo, a gente pode levar o Brasil muito adiante nos próximos anos.”
De forma voluntária, Serra sugeriu aos jornalistas que assistam ao debate travado em 2002 entre ele e Lula, na TV Globo. Ele reviu o programa nesta sexta-feira. “Me achei parecido com o Serra de oito anos atrás. Seria interessante vocês virem o debate para ver o que Lula propunha fazer. Ele disse naquele debate que ele considerava essas bolsas algo próximo a esmola. Ele criticava o governo Fernando Henrique por fazer bolsas, dizia que o que importava era emprego, não esmola.”


Carolina Freitas e Cecília Ritto - Veja Online - 30/10

Muito bonito o início e o "musical" final

Um homem digno merece ser exibido!

Debate 2

O que é a Dilma passando atrás do Serra que nem um cão bravo, uma guerrilheira fazendo pressão no sequestrado?

Debate

A gente somos um país de 190 milhões de habitantes.
Quem disse isso? Tempo!

Marqueteiro pernambucano prevê a derrota de Dilma.

Saiu no Blog do Jamildo, do Recife:


O publicitário Marcelo Teixeira, da empresa Makplan e que já trabalhou para tucanos e petistas pelo Brasil, analisou os últimos números da pesquisa Datafolha e diz que Dilma pode até ganhar as eleições, mas que as chances maiores de vitória são do candidato tucano José Serra. Quando todo mundo dizia que Dilma levaria no primeiro turno, em entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo, analisando os mesmos dados do Datafolha, ele antecipou que haveria segundo turno. Reveja aqui .“Lula não conseguiu fazer a candidatura dela decolar. Ela é ruim de palanque e mesmo com o apoio quase totalitário não deslanchou nas urnas”, declara.

Direto do Coturno Noturno - 29/10/2010

Pela primeira vez, TSE concede direito de resposta no Twitter

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu pela primeira vez na história um direito de resposta no microblog Twitter. Ao discutir o tema, ministros se mostraram preocupados em como tornar efetiva esta decisão.

O tribunal aceitou pedido da coligação "O Brasil pode mais", do tucano José Serra, contra o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), que terá de postar dois tweets --mensagens de no máximo 140 caracteres-- escritos pela campanha de Serra, em resposta a outros dois comentários feitos por ele no dia 19 de outubro.

As mensagens a serem publicadas afirmam que Falcão foi penalizado pelo TSE com esse direito de resposta e que a coligação do tucano sempre "agiu com lisura, de forma íntegra e respeitando todos os eleitores".

FELIPE SELIGMAN - Folha Online - 29/10

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Denúncia

Bahia

Outra boa notícia: na Bahia, Dilma teve 63%, Marina, 21% e Serra, 16%.
Pesquisa fresquinha: Dilma: 59,5% (caiu 4%) e Serra, 40,5% (subiu 24%).
 
A virada começou. A onda azul está cada vez maior. Vamos todos desmentir o Ibopetê, o DataTrolha e esta farsa montada.

A pesquisa certa!

Pessoal, notícia animadora!
Um professor da FGV chamado Marcelo Peruzzo é especialista em Neuromarketing e fez ANTES do primeiro turno um estudo que apontou os seguintes percentuais:
Dilma: 46%
Serra: 33%
Marina: 20%
Acertou na mosca. Foi o único. Vejam a imagem:


Depois, em 12 de outubro, ele fez o seguinte prognóstico:
Serra: 51,6%
Dilma: 48,4%


Hoje mesmo ele afirmou que a margem está apertadíssima para os dois lados (a mesma convicção do Coronel do Coturno Noturno). Ele avisa que amanhã, após o debate da Globo, será possível fazer uma previsão final.



Em resumo: a eleição está muito empatada. Ele tem gabarito para afirmar isto.
Assim, cada voto será DECISIVO. O nosso e dos outros que ainda não decidiram pelo Serra.
Vamos divulgar isto, torcer muito e votar bastante.

Amanhã, quando ele se pronunciar, publicarei aqui.

A grande notícia do dia


A notícia vai quase escondida no Estadão. Não mereceu nem mesmo uma chamadinha na primeira página. Nos outros jornais, não vi nada a respeito. Os grandes portais ignoraram.

O estado de São Paulo teve, no terceiro trimestre, o menor número de homicídios em 14 anos. O estado atinge a marca de 9 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes. É o índice mais baixo do país. Só para que se tenha uma idéia do que isso significa: no Brasil como um todo, a taxa é escandalosa, quase o triplo: 26 homicídios por 100 mil habitantes. Em Pernambuco, o índice de São Paulo se multiplica por seis; em Alagoas, por quase sete; no Rio, cuja segurança pública a petista Dilma Rousseff toma como modelo, por quatro.


Qual será o segredo de São Paulo? A própria reportagem do Estadão atribui a queda ao Estatuto do Desarmamento. Sei. E por que o desarmamento não teve nos demais estados o mesmo efeito? Querem outros que o crescimento econômico esteja na raiz desse feito. O Nordeste foi a região do Brasil que mais cresceu nos últimos anos: a violência, no entanto, explodiu por lá. Em 14 anos, o índice de homicídios em São Paulo despencou: caiu mais de 70%!!!


Mais números: são assassinadas 50 mil pessoas por ano no país, boa parte delas em razão do tráfico de drogas. Se o índice nacional fosse igual ao paulista, morreriam 17.100 — poupando-se 32.900 vidas por ano.

Qual é o segredo de São Paulo?


Se o Estatuto do Desarmamento vale no país inteiro, e os índices de mortes recuam muito timidamente; se o crescimento econômico não explica a redução, como explicar o “milagre” paulista? A resposta é esta: o estado tem uma polícia mais eficiente e que prende mais bandidos.
 Em dezembro de 2009, a população carcerária no país era de 474.626 pessoas. Do total, nada menos de 34,6% estavam em São Paulo, que tem apenas 22% da população. Será que o estado tem mais pilantras do que os outros ou prende demais? Não! Tem uma polícia e uma segurança mais eficientes. O Rio, por exemplo, vinha em quinto lugar, com menos presos do que Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. Eram, há um ano, 399,79 por 100 mil habitantes em São Paulo, contra apenas 166,56 no estado que Dilma elegeu como exemplar na segurança pública.

Vejam que coisa estupefaciente, não é mesmo? Quanto mais bandidos encarcerados, menos bandidos na rua. Quanto menos bandidos na rua, menos gente morta. Essas relações não deveriam ser espantosas, evidentemente.

Campanha eleitoral


O eleitor que não é de São Paulo não sabe: uma das teclas na qual o candidato do PT ao governo do estado, Aloizio Mercadante, derrotado no primeiro turno, bateu muito foi justamente a segurança pública — que, para ele, estava fora de controle.

Até Marina Silva chegou a dizer algo parecido!!! Dilma Rousseff, e isso todo mundo sabe, também é uma crítica severa da política do PSDB na área. Vale dizer: de maneira organizada, sistemática, o PT ataca o que funciona.

O homem comum, esse que anda na rua, que quer segurança pública eficiente, acaba ignorado. Lei e ordem são coisas “de direita”, dizem os colunistas de clichês.

Por Reinaldo Azevedo - editado por GD






Dilma não gosta de São Paulo

Papa condena aborto e pede a bispos do Brasil que orientem politicamente fiéis

Bento XVI afirmou que católicos devem 'usar o próprio voto para a promoção do bem comum'

Em reunião em Roma na manhã desta quinta-feira, 28, o papa Bento XVI conclamou um grupo de bispos brasileiros a orientar politicamente fiéis católicos. Sem citar especificamente as eleições de domingo, o papa reforçou a posição da Igreja a respeito do aborto. "Quando projetos políticos contemplam aberta ou veladamente a descriminalização do aborto, os pastores devem lembrar os cidadãos o direito de usar o próprio voto para a promoção do bem comum", disse.

Falando a bispos do Maranhão, Bento XVI reconheceu que a participação de padres em polêmicas podem ser conturbadas. "Ao defender a vida, não devemos temer a oposição ou a impopularidade", continuou.

Leia abaixo trechos do discurso de Bento XVI:

"Amados Irmãos no Episcopado,

O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vita, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo" (ibidem, 82).

Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).”

Estadão – 28/10/2010 – editado por GD

À moda do PT

Editorial de hoje do Estadão - editado por GD

Seria inacreditável, não fosse notória, a falta de cerimônia com que os petistas criam verdades ao sabor de seus interesses de momento e imaginam que tudo possa ser aceito acriticamente pela opinião pública. 

Das duas, uma: ou subestimam o discernimento das pessoas ou estão se lixando para ele. Na verdade, valem as duas hipóteses: na primeira, confiam no nível de instrução da massa de seus eleitores, conforme demonstram os mapas eleitorais; na segunda, estão se lixando mesmo. 

A divulgação, numa reunião improvisada a cinco dias das eleições presidenciais, de Os 13 compromissos programáticos de Dilma Rousseff foi o de sempre: puro jogo de cena

Para começar, o documento é um amontoado de obviedades (13 itens, que tanto poderiam ser 10 ou 20, se a intenção não fosse associar a coisa ao número eleitoral do PT), aos quais ninguém sensato pode se opor. 

Belos propósitos como "crescer mais, com expansão do emprego e da renda", "erradicar a pobreza absoluta" ou "governar para todos os brasileiros". Tantas generalidades que o presidente nacional do partido se viu constrangido a explicar que "ações mais concretas" constarão de "cadernos setoriais" que - detalhe - não serão divulgados antes de 31 de outubro.

Tanto o "documento" divulgado como as atitudes e declarações da candidata e de dirigentes petistas por ocasião do evento confirmam a competência da companheirada de Lula na arte da engabelação que aprenderam com o chefe. Não têm o menor pudor de dar o dito por não dito ou de contrariar evidências. 

E perseveram na megalomania: "Há quase oito anos, o Governo Lula deu início a profundas transformações econômicas, sociais e políticas em nosso país. (...) O governo do Presidente Lula conseguiu, pela primeira vez em nossa história, articular crescimento da economia com forte distribuição de renda, inclusão e ascensão social." 

Ou seja, os petistas não admitem compartilhar com toda a Nação - muito menos com governos anteriores - o crédito pelos inegáveis avanços econômicos e sociais obtidos nos últimos anos, porque isso está acontecendo, graças a eles, "pela primeira vez em nossa história". Antes de Lula foram cinco séculos perdidos

Já quanto às transformações políticas, não há referências mais específicas, o que certamente não faz justiça ao importante papel desempenhado na base de sustentação de Lula por José Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Paulo Maluf, Fernando Collor e outros que tais.

Mas a nota mais pitoresca do evento foi a participação de Marco Aurélio Garcia - cuja admiração incontida por Hugo Chávez, Evo Morales, Mahmoud Ahmadinejad e companhia diz o suficiente - ao desafiar os repórteres: "Fizemos uma opção muito clara por um documento sintético. Se você faz um documento muito longo os únicos que vão ler são vocês (sic), jornalistas, para tentar descobrir um probleminha aqui, outro ali. Se vocês quiserem outra coisa, criem um partido e façam diferente." Gente fina.