segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Debate 1

Vamos utilizar as iniciais de cada um dos candidatos: Serra, Dilma, Plínio e Marina. GD são os nossos comentários.
Estamos listando as melhores participações de cada um. Ou piores, depende do candidato ou da candidata.

P para M: Você deve estar enojada com a corrupção. O PSOL é formado por ex-petistas que não agüentaram a corrupção.

M: Desde o início eu me propus a debater o Brasil, sem ataques pessoais, discutindo o Brasil que interessa. Manter as conquistas, corrigir os erros e apontar os novos desafios.

GD: A candidata continua com esse lenga-lenga até o final do debate. Interessante notar que ela não apresenta nenhuma proposta concreta, nada. Não aponta quais são as conquistas que vai manter, nem o que julga que deva ser mudado.

S: O governo brasileiro nos últimos anos tem se aliado a regimes ditatoriais, como o Irã, que perseguem mulheres, maltratam as mulheres, enforcam opositores políticos, prendem jornalistas.

M: O bom é quando se trabalha para ter aquilo que eu chamo de inclusão produtiva. A inclusão produtiva é aquela que é capaz de fazer com que a pessoa tenha uma ocupação, um salário pela ocupação e viver dignamente do seu trabalho.

GD: A candidata não diz como vai implementar a tal inclusão produtiva.

P: Dilma, no último debate, você ficou meio nervosa com o meu comentário sobre o escândalo Erenice. A Verdade é que a corrupção bateu na sala ao lado. De duas uma: ou você é incompetente ou é conivente. Você vai escolher outras Erenices por aí?

D: Eu acredito que todas as acusações e as denúncias têm que ser apuradas, assim, de forma rigorosa. Ninguém está acima de qualquer suspeita. Queria dizer mais uma coisa: na verdade, o que é importante é que não se deixe nada sem apurar. E mais do que isso: se as pessoas cometem mal-feitos, elas vão pagar pelo que fizeram. Mas antes delas pagarem, nós temos que fazer uma investigação acurada.
Se o governo não concluir a apuração tanto do caso da Receita quanto do caso da Casa Civil, eu irei investigá-lo até o fim.

GD: Percebam que a candidata já assume que as investigações vão ficar para depois. Assume para si o papel de Sherlock Holmes tabajara. Quais foram as punições para os mensaleiros e aloprados de 4 anos atrás? Genoíno é candidato, João Paulo Cunha é candidato, Valdemar Costa Neto é candidato, Mercadante é candidato, Delúbio Soares e Erenice Guerra continuam filiados ao PT, assim como Zé Dirceu.

P: Eu não estou falando de suposições, eu estou falando de fatos. Fatos. A verdade é que a corrupção bateu na porta da Casa Civil duas vezes. Até agora não se viu culpado. O governo não reconheceu nenhum culpado. Ou é conivência ou é incompetência.

M: Eu tenho dito que o Bolsa Família é um programa importante para ajudar a tirar as pessoas da linha da pobreza. O seu partido e o Democratas fizeram críticas severas ao Bolsa Família. Você tem uma proposta para manter as políticas sociais?

S: O Bolsa Família, na verdade, juntou bolsas que foram criadas durante o governo do Fernando Henrique. Por mim, como Ministro da Saúde, a Bolsa Alimentação, que tinha um milhão e trezentas mil famílias. E a Bolsa Escola, do Ministro Paulo Renato, que já tinha 4 a 5 milhões de famílias. O Bolsa Família foi uma junção dessas bolsas. Do meu partido e de mim, jamais recebeu nenhuma crítica até porque foi uma continuidade daquilo que fizemos.

M: Eu tenho dito que é muito importante que a gente possa participar desse processo com uma plataforma de governo. Pra que a gente ponha pra sociedade aquilo que a gente tá pensando para o Brasil. E não ficar apenas nas promessas.

GD: O que ela "tá pensando" para o Brasil? Qual a plataforma de governo? Não sabemos, ela não disse.

D: Plínio, nós debatemos a respeito do ProUni e do ReUni. Qual a sua avaliação real desses programas?

P: O ProUni é um jeito de dar dinheiro do governo para escola particular, inclusive para faculdade que é fábrica de diploma.
Eu acho que de fato você não está preparada. O ProUni é evidente, é pra pegar dinheirinho e passar para as faculdades, muitas das quais são próprias indústrias de dar diploma.

P: É o quarto debate que nós fazemos, Marina, e eu notei que você tem uma espécie de padrão. Questão fácil, discurso categórico: eu vou fazer, correr o país. Dividida, por exemplo: droga, aborto, heutanásia. Aí você fala assim: plebiscito. Plebiscito. Você tira o corpo. Você quer agradar gregos e troianos. Eu quero rotular você. To rotulando. E você foge. Você rotula, sem rotular. Você optou por todos. E optando por todos, você optou por nenhum. Na verdade você está fazendo uma enorme demagogia aqui.

M: Mesmo você me rotulando, Plínio, eu continuo te tratando com muito respeito, com muito respeito. Desde o princípio eu disse que não ia para o vale-tudo eleitoral. Que se ganhá, eu quero ganhá ganhando porque a gente ganha ganhando quando vai até o fim coerente com os princípios. E a gente ganha ou perde perdendo quando é incoerente com os princípios. E isso eu não vou fazer.

GD: Percebam: primeiro ela se faz de vítima, ofendida. Depois, perfila generalidades de auto-ajuda. Uma pérola.

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