quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Russomanno desinforma

Celso Russomanno (PP), o Menino Malufinho que nem o Maluf quer, se prestou a um triste papel de Quinta Coluna no debate de ontem na Globo.
Agressivo, prepotente e ignorante, buscou ajudar Mercadante. A quem não se lembra, Marta Suplicy Favre Toledo já havia chamado Maluf de nefasto. Hoje, o PT de Marta, de Dilma e de Mercadante conta com a ajuda do PP de Maluf e de Russomanno para desinformar a população.

Russomanno, perguntando sobre segurança, disse que fez um levantamento: “na Guerra do Iraque, em 8 anos, morreram 4.741 soldados. Aqui em São Paulo, no ano de 2008, que é o último dado que nós temos registrado no site da Seade, morreram 5.866. Em um ano apenas, morreu o que morreu em 8 anos de Guerra no Iraque”.

Mais adiante, em uma dobradinha com Mercadante, disse “só nos últimos anos morreram 170 mil, no governo do PSDB, 170 mil pessoas no estado de São Paulo, 170 mil pessoas”.

Primeira barbaridade: comparar mortos em uma guerra com uma situação de violência civil. Ele mencionou os quase 5 mil soldados americanos, mas se esqueceu dos 100 mil iraquianos.

Pelo raciocínio dele, seria mais perigoso morar em São Paulo do que no Iraque. No Iraque, considerando 7 anos de guerra e 160 mil soldados americanos, temos 400 mortos por 100 mil. Em São Paulo, esta taxa é de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. É a 3ª menor taxa do Brasil.

Se este raciocínio já era completamente cínico, o próximo é de uma mentira horrorosa. Ele disse que morreram 170 mil pessoas no governo do PSDB. Se somarmos de 1996 a 2009, temos 130 mil homicídios dolosos. Em 1995 as estatísticas apenas dão conta do segundo semestre.

A outra mentira é quando ele diz que, no Seade,  os dados de 2008 são os últimos registrados. Pois bem, ele desconhece ou esconde que em 1995, no governo de Mário Covas, por determinação da lei 9.155/95 começou a ser publicado trimestralmente o relatório contendo todas as estatísticas de segurança no Estado. Os dados estão disponíveis em http://www.ssp.sp.gov.br/ e estão disponíveis para o ano de 2009 e também o primeiro semestre de 2010.

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