sábado, 25 de setembro de 2010

Quer ter o Sigilo Fiscal quebrado? Vote na Dilma. Vote no PT.

Acossada pela descoberta de que outros quatro tucanos ligados a José Serra foram vítimas da mesma violência imposta a Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB, a direção da Receita Federal resolveu descobrir que mais de 130 contribuintes sem filiação partidária tiveram o sigilo fiscal quebrado ilegalmente pelo infatigável computador do mafuá de Mauá. Se ninguém nessa multidão foi estuprado por motivos políticos, raciocinaram os companheiros do Fisco, está claro que não houve motivação política no estupro dos aliados do candidato presidencial da oposição.

Parece piada? Mas é mentira!

No relatório de cinco páginas encaminhado pelo corregedor ao Ministério Público Federal, os 138 estuprados caíram fora, junto com o balcão de compra e vendas anabolizado por propinas milionárias. Em contrapartida, entrou na relação das vítimas a empresária Verônica Serra, filha do candidato à Presidência.

Faz quase um ano que, em apenas 16 minutos, foram sucessivamente devassadas as declarações de renda de Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações no governo de Fernando Henrique Cardoso, Gregório Marin Preciado, marido de uma prima de Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil e tesoureiro das campanhas de Serra e FHC, Ronaldo de Souza, ex-sócio de Ricardo Sérgio, e Eduardo Jorge.

Em maio, como recorda a edição desta semana, VEJA descobriu que Luiz Lanzetta, um jornalista a serviço do comitê organizador da campanha de Dilma Rousseff, cuidava da montagem de um dossiê contra José Serra.

Quando estava no Palácio do Planalto e o PT na oposição, o secretário-geral do governo FHC, Eduardo Jorge, foi obsessivamente alvejado com denúncias fantasiosas pelo finório Luiz Francisco de Souza, procurador-regional da República e procurador-nacional do PT. No ano passado, o Conselho Nacional do Ministério Público reconheceu formalmente que Eduardo Jorge, enfim absolvido das acusações sem fundamento, foi perseguido por motivos políticos e condenou o perseguidor a 45 dias de suspensão. Menos de 12 meses depois de oficialmente inocentado, soube que os pastores da infâmia atacaram de novo, agora entrincheirados no coração do poder.

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