segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A família de Celso Daniel fugiu do Brasil

 A família Daniel tem certeza de que o assassinato de Celso está ligado ao esquema de propina que funcionava na Prefeitura para carrear dinheiro para o PT. O modelo é considerado uma espécie de software original, adaptado, depois, a outras cidades e outras esferas da administração a que o partido chegou — inclusive a federal.

A denúncia aceita pela Justiça endossa a versão de João Francisco e de Bruno, irmãos de Celso Daniel. Eles afirmam que Gilberto Carvalho, que era o homem forte de Celso na Prefeitura de Santo André, sabia do esquema de propina. João Francisco chegou a afirmar em depoimento à Justiça ter ouvido do próprio Carvalho que era ele quem entregava o dinheiro a José Dirceu. Carvalho e Dirceu negam.

A família Daniel no exílio
João Francisco nunca foi petista. Ao contrário: sempre foi adversário do partido em Santo André. Bruno e sua mulher, Marilena Nakano, no entanto, eram filiados ao PT. Ela chegou a ser secretária de Cultura no primeiro dos três mandatos de Celso, era uma figura respeitada na esquerda.

Ocorre que a família Daniel não aceitou a versão oficial para a morte de Celso. Ameaçados de morte, os irmãos Daniel e suas respectivas famílias tiveram de deixar o país. João Francisco se mudou para a Itália, e Bruno, Marilena e os filhos são hoje os únicos brasileiros oficialmente reconhecidos pelo governo da França como “exilados”. Abaixo, trecho do vídeo que Bruno Daniel gravou, pelo Skype, para o Manifesto em Defesa da Democracia. Ele conta parte da história.


Reinaldo Azevedo – 23/10/2010 (editado por GD)

Percebam: 8 prováveis assassinatos ligados ao caso.

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