segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dilma e a educação

A candidata Dilma, no debate de ontem, resolveu repetir a estratégia de Mercadante de atacar a educação em São Paulo.

Como todos sabem, Mercadante perdeu a eleição para governador de São Paulo pela segunda vez em seguida, sendo as duas no primeiro turno. Estará desempregado no final do ano e sua única esperança é que Dilma lhe ofereça um cargo caso seja eleita presidente.

Tá difícil. Primeiro porque Dilma vai perder a eleição. Segundo: Mercadante não deve ser bem quisto pelo próprio PT. Em 8 anos em que foi senador, Lula não o nomeou para nenhum Ministério e olha que até Marta Suplicy Favre Toledo foi Ministra do Ministério do “Relaxa e Goza” e Erenice & Sons ocupou a Casa Civil.

Durante este período, Mercadante, magoado, entregou o cargo de líder da bancada no Senado. Ele estava ofendido porque senadores do PT votaram a favor de Sarney. Ele queria preservar sua imagem (?!) e renunciou no dia 20/09/2009 de modo irrevogável. Homem de palavra que é, no dia seguinte voltou atrás.

Vamos, então, postar novamente os fatos que usamos para desmascarar Mercadante na disputa para governador:

Em primeiro lugar, não existe aprovação automática em São Paulo, o que existe é a progressão continuada, um sistema de ensino onde o aluno passa, sim, por avaliações bimestrais e recebe reforço quando não atinge o aprendizado previsto.

Este sistema está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, uma lei federal. Se Dilma realmente coordenasse o governo como diz a propaganda e estivesse preocupada com a educação, poderia ter proposto uma alteração nesta lei. Não o fez e agora fica igual um papagaio na televisão falando que vai acabar com a aprovação automática.

O que ela não diz é que em São Paulo, o sistema de progressão continuada foi implementado pela prefeita Luíza Erundina, quando era do PT. Marta Suplicy Favre Toledo, quando foi prefeita de São Paulo pelo PT, manteve o sistema. E nas 64 prefeituras administradas pelo PT, 63 utilizam o sistema de progressão continuada. Por que Dilma, mulher de confiança de Lula, não acaba com a aprovação automática nas prefeituras do PT hoje mesmo?

O mais interessante de tudo é que, embora saibamos que ainda falta muito para avançarmos na educação, o Estado de São Paulo tem uma taxa de analfabetismo que é a metade da média nacional (fonte: IBGE) e os alunos das escolas públicas de São Paulo tiveram as melhores notas do país segundo o Ideb, avaliação feita pelo Ministério da Educação comandado pelo PT. As notas de São Paulo cresceram de 4,7 para 5,5 no primeiro ciclo e de 4,2 para 4,5 no segundo ciclo em apenas 4 anos.

Sabem ainda o que têm em comum os seguintes Estados: Piauí, Pará, Bahia e Sergipe? São todos governados pelo PT, coitados.
Sabem o que mais estes Estados têm em comum? Nenhum deles atingiu a meta do governo federal no Ideb.

Ideb é uma avaliação feita pelo governo federal para os alunos da rede pública, logo Dilma não pode acusá-la de ser tendenciosa. Para cada Estado, o governo estipulou metas de aprendizado. São Paulo superou todas as metas. Piauí, Pará, Bahia e Sergipe não atingiram as suas metas.

Vou torcer para Dilma insistir na mentira e ter o mesmo fim de Mercadante.

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