sexta-feira, 22 de outubro de 2010

“Jornalista” acusa coordenador de Dilma

Integrante do comando da campanha da petista Dilma Rousseff, o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP) foi acusado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. de furtar o dossiê com dados fiscais violados de tucanos e familiares do presidenciável José Serra. Amaury foi quem encomendou e pagou diretamente pela violação de sigilo.

Segundo Amaury, em depoimento à Polícia Federal, Rui Falcão "copiou" o conteúdo de sua investigação contra os tucanos, então armazenado num computador pessoal que estava num flat pago pelo próprio PT para Amaury ficar em Brasília. "Pois somente ele (Rui Falcão) tinha a chave do citado apartamento", disse o jornalista. As quebras de sigilo realizadas na Receita Federal ocorreram em outubro do ano passado. Nesse período, Amaury preparava sua saída do jornal Estado de Minas, alegando problemas pessoais.  

Em abril deste ano, o jornalista foi convidado pelo empresário Luiz Lanzetta para trabalhar na pré-campanha de Dilma. Lanzetta cuidava, então, de montar um "núcleo de inteligência" dentro da campanha petista. Na passagem pela capital, Amaury hospedou-se em um flat no apart-hotel Meliá.

Já em negociação com o grupo petista, Amaury levou para o apartamento um laptop com suas "apurações" - na verdade os documentos fiscais sigilosos da filha e do genro de Serra e de líderes do PSDB.
Na pré-campanha de Dilma, Rui Falcão era um dos mais atuantes articuladores, e àquela altura disputava com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel o comando da comunicação do partido.

Vannildo Mendes / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Resumo da Ópera dos Malandros (Versão 3.0):

Despachante:
Dirceu Rodrigues Garcia
Ilegalidade: subornou funcionários da Receita para acessarem dados da filha e do genro de Serra e de outros integrantes do PSDB
Remuneração: R$ 12 mil
Contratante: “jornalista” Amaury Ribeiro Jr.
Ligação: grupo de “inteligência” (ou de fabricação de dossiês falsos e ilegais) da campanha de Dilma
Fato 1: “despachante” Dirceu e “jornalista” Amaury conversaram por telefone
Fato 2: “jornalista” Amaury participou de reunião do grupo do PT em restaurante de Brasília no dia 20/04/2010
Fato 3: “jornalista” Amaury se hospedou em flat pago pelo PT
Fato 4: "jornalista" Amaury não estava mais no Estado de Minas quando comprou os documentos ilegais
Fato 5: “jornalista” Amaury foi contratado para trabalhar na pré-campanha de Dilma
Fato 6: "dossiê" e passagem aérea de Brasília (onde ficava o QG de Dilma) para São Paulo foram pagos em dinheiro vivo
Fato 7: descoberto pela Veja, "jornalista" Amaury recebeu abrigo na TV Record, do "bispo" Edir Macedo, o mesmo que apóia o aborto e Dilma
Fato 8: “jornalista investigativo”, Amaury deixava seu computador sem senha
Fato 9: Rui Falcão deveria se chamar, segundo Amaury, Rui Ladrão

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