Mais um recorde do governo Lula

Rentabilidade sofrível

A Petrobras conseguiu bater mais um recorde, mas nada de comemorações:  um estudo inédito da consultoria Economatica revelou que a ação da estatal foi a única do mercado que não conseguiu ganhar do Ibovespa (o índice da Bolsa de Valores de São Paulo) nos últimos doze meses.

O estudo foi realizado com 340 empresas. Nele, a Economatica pesquisou a rentabilidade mês a mês das ações e chegou à conclusão que, entre novembro de 2009 e ontem, a ação ordinária da Petrobrás (a PETR3) foi a única que não conseguiu superar o Ibovespa em nenhuma ocasião.

A ação preferencial da Petrobras (a PETR4) foi a segunda pior colocada neste ranking: conseguiu ganhar do Ibovespa num único mês, novembro de 2009.

Por Lauro Jardim

O governo e a Dilma tanto se vangloriam de ter modernizado a Petrobras, como nunca antes na história deste país. A "modernização" promovida foi a seguinte:

- manobra contábil para deixar de recolher mais de R$ 4 bilhões em impostos

- suspeitas de irregularidades nos contratos milionários, fraudes em licitações para reforma e construção de plataformas

- caso do jipe Land Rover que o ex-dirigente petista Silvio Pereira ganhou de uma empreiteira contratada pela empresa

- denúncias de desvio na distribuição de royalties

- entrega dos cargos de direção para petistas e companheiros que não conhecem o negócio

- proximidade suspeita com ONGs e prefeituras que fecham convênios milionários com a Petrobras

- mania de financiar "eventos culturais" de companheiros

Agora, veio o resultado: as ações da Petrobrás foram as 2 piores, as que menos valorizaram. Todas as outras valorizaram acima do Ibovespa. Logo, a Petrobrás foi a responsável pelo índice não ter sido maior. Isto prejudicou diretamente os milhões de acionistas, trabalhadores que compraram ações da empresa para investir durante o governo Fernando Henrique.

Aliás, tá aí uma diferença entre os governos para a Dilma colocar no seu programa. Enquanto Fernando Henrique Cardoso vendeu parte das ações da Petrobrás para que milhões de brasileiros pudessem mesmo ser sócios, donos da empresa, Lula e Dilma fizeram o contrário: através de uma manobra horrível, sem dinheiro, aumentaram a participação do governo (e dos companheiros) na empresa.