A Record corre o risco de se tornar a primeira rede de TV a tomar uma multa por uma reportagem favorável a um presidenciável. Ontem à noite, o Ministério Público pediu ao TSE a condenação da emissora do bispo Edir Macedo por ter veiculado reportagem positiva à Dilma Rousseff. O material foi ao ar no noticiário de terça-feira da semana passada,
A vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau, enviou parecer em que concorda com a ação da coligação de José Serra para multar a emissora em até 100 000 Ufirs (cerca de 100 000 reais). Motivo: a reportagem, que se propunha a apresentar os candidatos ao segundo turno, deu “engenhosamente”, segundo ela, tratamento privilegiado à Dilma em relação a Serra.
Nela, Serra foi apresentado como tendo sido bem votado no primeiro turno em redutos ricos, como a região de Jardins, em São Paulo, sem expor os motivos do sucesso eleitoral. Já Dilma, foi mostrada como mais votada em redutos menos favorecidos, como a região de Parelheiros.
Mais: enquanto entrevistados justificaram o apoio à petista, ninguém fez o mesmo com Serra. Consta ainda da reportagem a informação de que em Parelheiros o eleitorado de Serra é “em número bem menor”.
Mesmo tendo sido citada, a Record não quis apresentar sua defesa. Ou seja, será julgada à revelia. Às vésperas do primeiro turno, Edir Macedo, chefe da Igreja Universal e da Record, defendeu o voto na petista. Comentou Cureau sobre a reportagem da Record:
– Ao confrontar as casas humildes e o ambiente de pobreza com a riqueza e a prosperidade do cenário anterior, deixa no espectador a impressão de que está assistindo a um programa eleitoral de Dilma Rousseff.
Por Lauro Jardim
A vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau, enviou parecer em que concorda com a ação da coligação de José Serra para multar a emissora em até 100 000 Ufirs (cerca de 100 000 reais). Motivo: a reportagem, que se propunha a apresentar os candidatos ao segundo turno, deu “engenhosamente”, segundo ela, tratamento privilegiado à Dilma em relação a Serra.
Nela, Serra foi apresentado como tendo sido bem votado no primeiro turno em redutos ricos, como a região de Jardins, em São Paulo, sem expor os motivos do sucesso eleitoral. Já Dilma, foi mostrada como mais votada em redutos menos favorecidos, como a região de Parelheiros.
Mais: enquanto entrevistados justificaram o apoio à petista, ninguém fez o mesmo com Serra. Consta ainda da reportagem a informação de que em Parelheiros o eleitorado de Serra é “em número bem menor”.
Mesmo tendo sido citada, a Record não quis apresentar sua defesa. Ou seja, será julgada à revelia. Às vésperas do primeiro turno, Edir Macedo, chefe da Igreja Universal e da Record, defendeu o voto na petista. Comentou Cureau sobre a reportagem da Record:
– Ao confrontar as casas humildes e o ambiente de pobreza com a riqueza e a prosperidade do cenário anterior, deixa no espectador a impressão de que está assistindo a um programa eleitoral de Dilma Rousseff.
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